Qualquer resultado nesta quarta-feira (28) seria histórico. A Juazeirense foi à Vila Belmiro para enfrentar o Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, como "franco azarão". Dentro de suas possibilidades, o Cancão de Fogo fez um jogo duro, com muita marcação e atuação impecável do goleiro Rodrigo Calaça - mais uma vez. Porém, a parte fisica pesou no final, o Peixe exerceu sua superioridade e venceu por 4 a 0. Os gols do Santos foram marcados por Madson, aos 26 minutos do segundo tempo, Lucas Braga, aos 39, Marcos Leonardo, aos 46, e Carlos Sanchez, aos 54. O técnico Carlos Rabello mandou a seguinte equipe a campo: Rodrigo Calaça; Guilherme Lucena, Jamerson, Wendell e Daniel; Waguinho, Patrik, Sapé e Júnior Timbó; Tony Galego e Kesley. O duelo de volta acontece na próxima quinta-feira (5), às 19h15, no estádio Adauto Moraes, em Juazeiro. A Juazeirense precisa vencer pelo mesmo placar para levar o jogo para os pênaltis, e ampliar para se classificar. Vale lembrar que a equipe que avançar às quartas de final embolsa o valor de R$ 3,45 milhões. O JOGO Naturalmente favorito, o clube de Série A, Santos, dominou a partida. No melhor estilo Fernando Diniz, a equipe da Vila Belmiro impôs velocidade, técnica e alugou o campo de defesa da Juazeirense. Não surpreende que Rodrigo Calaça tenha feito quatro defesas providenciais só no primeiro tempo. O atacante Marinho, do Peixe, não chamou atenção apenas por seu cabelo rosa. Também demonstrou muito do que sabe. Driblou, passou, chutou e foi o jogador mais perigoso do forte adversário do Cancão. Não adiantou. Quando não parou nas mãos de Calaça, o camisa 11 finalizou com muito perigo à meta, mas não balançou as redes. E não se engane: não é porque o Santos fez tudo isso que a Juazeirense não teve suas chances. Muito pelo contrário: foram duas oportunidades claras de gol. Ambas oriundas de erros graves do Santos. Aos 9 minutos do primeiro tempo, Júnior Timbó aproveitou um erro de recuo de Madson para João Paulo e saiu cara a cara com o goleiro, mas mandou para fora. A chance de Kesley foi ainda melhor. Aos 14 minutos do segundo tempo, ele se encontrou em situação semelhante à de Timbó, porém com muito mais espaço para escolher de que forma iria finalizar. Não adiantou. O atacante mandou a bola em cima de João Paulo, que abafou bem a jogada. Não aproveitar as oportunidades foi crucial, mas também é normal em um jogo de tamanha importância para um clube que, em 2005, nem existia, e que tem um investimento infinitamente menor que o adversário. A falha que originou o primeiro gol santista também é. Madson entrou sozinho na área aos 26 minutos da etapa final, após cruzamento de Marinho, e cabeceou no contrapé de Calaça. Lucas Braga ampliou após rebote do goleiro do clube baiano aos 40 do segundo tempo. Com um chute de esquerda, colocou a bola, que chegou a bater na trave, no cantinho. Aos 46, o golpe de Marcos Leonardo após assistência de Luiz Felipe, na cara do gol, era indefensável. Aos 54, Carlos Sanchez chutou com desvio e a bola morreu lá dentro. O Santos fez 4 a 0. A Juazeirense fez um jogo histórico.
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