A família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira, que foi morto enquanto fazia um atendimento em seu consultório pediátrico no município de Barra (lembre aqui), na semana passada, contestou o resultado da investigação do crime. Em nota enviada à imprensa, a família reconhece a eficácia do trabalho de investigação da Polícia Civil, que prendeu dois homens acusados de terem cometido o assassinato nesta terça-feira (28) (veja), mas questiona a elucidação do caso, já que o mandante ainda não foi preso. A família também critica a declaração do delegado Ernandes Reis Santos Júnior, coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, que afirmou que o autor dos disparos revelou que a motivação do crime teria sido por causa de um assédio cometido pelo médico a esposa do mandante do assassinato. “Neste sentido, a família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira vem a público reiterar a confiança no trabalho da Polícia Civil e, ao mesmo tempo, solicitar a retificação da nota de forma que ela expresse a veracidade do atual momento das investigações”, diz um trecho do comunicado. Na madrugada desta terça-feira (28), o condutor da motocicleta utilizada no dia do crime acabou preso. Nesta segunda-feira (27), o responsável pelos disparos foi detido pela polícia. RELEMBRE O CASO Uma linha de investigação apontava que o pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, poderia ter sido morto após ele ter informado a uma família que uma criança atendida por ele teria sofrido abuso sexual. No último dia 23, um homem armado entrou no posto em que o médico atuava, invadiu a sala de Júlio César e atirou quatro vezes. A esposa do pediatra, que é enfermeira; dois funcionários e uma criança estavam na sala de atendimento. Câmeras de segurança registraram o momento do crime, que assustou as pessoas que estavam na recepção. O corpo de Júlio César foi enterrado na sexta-feira (24) em Xique-Xique, no Centro Norte baiano, terra natal do médico.
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